007

Contra o Foguete da Morte | 007 galhofa é a minha religião

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007 Contra o Foguete da Morte é galhofa, cafona e desafia todas as leis da física e do bom senso. Justamente por isso é tão bom! Ou melhor, tão Bond! (desculpe)


Um dos exercícios que ando praticando nessa quarentena é maratonar toda a saga 007 com o meu pai. No momento em que escrevo esse texto, me falta 007 Na Mira dos Assassinos para finalizar a fase de Roger Moore. Vou confessar que estava aguardando chegar a era Pierce Brosnan para escrever de uma maneira geral sobre a franquia pré-Daniel Craig. Mas aí, eu assisti 007 Contra o Foguete da Morte e mudei de ideia: eu precisava era escrever o mais rápido possível!

Gosto de 007 desde os meus 12 anos e sempre fui muito fã de Roger Moore na pele de James Bond, mas ainda não havia assistido todos os seus filmes. Seu 007 mais coroa, mais charmoso e repleto de brinquedos de espião fizeram dele o meu favorito e isso não mudou, principalmente agora que estou prestes a terminar sua fase.  E, parafraseando o narrador Milton Leite, que faaaaaaaaaase!

É tudo mais insano do que eu me lembrava, principalmente porque só agora que eu assisti Contra o Foguete da Morte. Se você só assistiu os filmes de Pierce Brosnan pra cá, recomendo que assista esse, por favor. Se você acha que 007 dirigindo um carro invisível é a coisa mais louca da franquia, meu amigo, é porque você definitivamente não sabe o que rola nesse filme aqui.

Roger Moore em 007 Contra o Foguete da Morte

Na história, um cientista megalomaníaco quer exterminar a raça humana com um veneno de uma planta que ele encontra na floresta amazônica. Então, ele decide construir uma estação espacial secreta, invisível aos radares dos Estados Unidos e da União Soviética. Lá, está um seleto grupo de homens e mulheres “perfeitos”, que irão repovoar o mundo após a contaminação do planeta. Ele vai soltar vários mísseis envenenados na atmosfera terrestre. Ah, o míssil não é letal para os animais, apenas para humanos. Acredito que só isso é o bastante para você pensar: “nossa, mas que doideira, hein?”.  Errado, amiguinho.

Como de costume, a história se passa em vários lugares da Europa, mas dessa vez as investigações de James Bond o trazem para o Rio de Janeiro. Nessa parte tem de tudo: bloquinho de carnaval no Largo da Carioca, luta no Bondinho do Pão de Açúcar e perseguição com ambulâncias pelas ruas do Rio. No fim, a passagem por James Bond no Brasil termina na Floresta Amazônica com direito a perseguições de barco e brigas com cobras gigantes. Tá achando louco? Segura mais um pouco aí!

007 no Rio de Janeiro

O clímax dessa aventura é na tal estação espacial que eu comentei. Nossa, acho que eu nunca me diverti tanto. Meu pai até olhou pra mim com aquela cara de “isso é mesmo 007?”. James Bond consegue entrar de penetra na estação e sabota sua camuflagem, o que gera uma reação imediata de americanos e soviéticos, afinal, estávamos na corrida espacial.

Prontamente, os americanos mandam um foguete em direção à estação e o que temos em seguida é uma das sequências mais engraçadas da história. Os soldados americanos saem do foguete, prontamente os capangas do vilão saem da estação espacial, todos vestidos de astronautas e equipados com armas de raio laser. Isso mesmo. RAIOS LASER. O clímax de 007 Contra o Foguete da Morte é LITERALMENTE um Star Wars. Se eu colocasse essa cena pra quem nunca viu nenhum dos dois filmes e dissesse “isso é Star Wars” a pessoa acreditaria.

007 ou Star Wars?

O produtor Albert R. Broccoli claramente surfou na onda de Uma nova Esperança e quis fazer sua aventura espacial com James Bond, afinal o filme de George Lucas é de 1977, enquanto esse 007 é de 1979.

O Bond de Moore abraçou a galhofagem com todas as forças, deixando a seriedade de Sean Connery cada vez mais de lado. O espião deixou de ser apenas um agente secreto e se tornou praticamente um super-herói de histórias em quadrinhos. Além disso tudo, o humor é outra marca registrada da fase Moore, que eleva o nível das piadas e da cara de pau, principalmente quando usa seu charme em cima das mulheres.

Pra quem ainda não conhece as raízes de James Bond, recomendo que faça a maratona também, essa volta ao passado está sendo extremamente divertida. Lembrando que esse ano teremos o 25º filme, Sem Tempo (irmão) Para Morrer. Isso é, se o corona deixar.


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