Anitta

Anitta | Uma reflexão sobre amor próprio

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A MTV divulgou nesta terça-feira (3) a lista de indicados ao MTV EMA 2023. Diversos brasileiros estão entre os indicados, incluindo Anitta.

Quero propor hoje uma reflexão sobre amor próprio. Muito se fala sobre a liberdade e o amor romântico, mas ainda é muito pouco falado o quanto o amor próprio pode ser a base de qualquer projeto sólido que se possa construir na vida. Um exemplo disso? ANITTA! 

Atualmente celebramos o segundo VMA da cantora de Honório Gurgel, que começou com um microfone, um shortinho e um sonho: levar o funk carioca o mais longe que ela pudesse. Nessa estrada ela obviamente levou muitos “nãos”. Até aí, tudo bem, todo mundo leva. Porém ela decidiu não desanimar e, desde os inícios, sempre teve muita fé nela própria.

Muitas vezes trocando o shortinho pelas roupas de executiva, ela sempre teve em mãos as rédeas da própria carreira e investiu tudo que pode nela mesma, contrariando até alguns grandes figurões da indústria. Quem não se lembra de quando a própria bancou o sucesso da música “Envolver”, que meses depois viria a se tornar seu maior hit internacional?! 

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Anitta durante a apresentação do VMA 2023

Anitta é, acima de tudo, o exemplo do que uma mulher livre pode fazer. Ela joga o jogo da mídia e da indústria musical à perfeição, mas ela faz do jeito dela. Uma artista que amadureceu diante de seu público e o convenceu a comprar seu barulho. Barulho não, arte: música, funk carioca, cultura de favela.

No palco do VMA desse ano, ela concluiu seus agradecimentos depois de ganhar com sua “Funk Rave” o prêmio de melhor vídeo latino, agradecendo a si mesma. Errada ela não está. Ninguém trabalhou por ela, ninguém acreditou POR ela (as pessoas acreditam NELA, existe uma diferença) e ninguém teve as ideias que ela teve antes dela. Se tiveram, falharam miseravelmente na parte em que ela é brilhante: o amor próprio para botar pra frente todo e qualquer tipo de plano. 

Você consegue imaginar as maiores divas pop sem esse elemento chave?! Numa indústria – e num mundo – machista, elitista e dominado por homens brancos de terno, o Brasil fabricou sua própria estrela. Ou melhor, ela se fabricou, como podemos ver na capa de seu álbum “Versions of Me”. Essa estrela – ainda em ascensão – é mulher, periférica e funkeira.

Anitta, eu que te venero.


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