Dirty Harry | É sempre um prazer, Clint Eastwood!

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Assistir a saga Dirty Harry, clássico das décadas de 70 e 80, tirou um belo sorriso de satisfação da minha cara.

Sempre tive uma queda por filmes policiais dos anos 80. Cresci em volta de toda aquela violência provocada por Máquina Mortífera, Robocop, Police Story, entre outros. Mas, Dirty Harry era um que eu não me lembrava e olha que meu pai ama Clint Eastwood!

A saga de Harry Callahan, ou apenas Dirty Harry, é composta por 5 filmes: Perseguidor Implacável (1971), Magnum 44 (1973), Sem Medo da Morte (1976), Impacto Fulminante (1983) e Dirty Harry na Lista Negra (1988). Inclusive, o quarto filme foi dirigido pelo próprio Clint Eastwood. 

Harry Callahan é o típico policial problema que não segue as regras, conquistando inimizades até mesmo dentro da polícia, mas que no fim do dia entrega o trabalho, não importa quantos danos ou corpos ele deixe pelo caminho. Bem, parece até que estou falando de qualquer filme policial oitentista, né? A questão é que esse tem um diferencial com o sobrenome Eastwood. 

O velho Clint já tem aquela cara de ranzinza sem fazer muito esforço, imagine ele sendo um policial pavio curto. Pois é! O apelido “Dirty” é em alusão aos casos que sempre empurram pra ele, complicados e praticamente impossíveis de serem solucionados sem sujar as mãos. Uma outra característica bem legal de Harry é a sua arma, a velha Magnum 44, que é praticamente um canhão portátil. 



Os desafios presentes nos cinco filmes são bem diferentes um do outro, o que nos dá  perspectivas diferentes de sua personalidade. No primeiro filme, por exemplo, Harry está na caçada de um maníaco com uma sniper. Já no segundo, ele está na caçada de um assassino que está matando grandes chefões do crime.

Aqui temos um conflito muito interessante. Se tem alguém que despreza criminosos, esse alguém é o Harry que,  apesar de não seguir pelos caminhos convencionais, ainda assim é um homem da lei. No primeiro filme, Harry realiza uma caçada implacável ao assassino de sniper, burlando uma série de regras e passando por cima de qualquer um que tentasse impedi-lo de capturar o assassino. 

No segundo, ao ser confrontado pelo assassino, que quer sua ajuda para limpar as ruas, ele se recusa. Existe uma linha entre policial e justiceiro que ele não ultrapassa, mesmo que ele ande no limite da lei. O que nos leva a um conflito no quarto filme, que é o mais diferente dos cinco. Posso até dizer que Harry é quase como o coadjuvante de luxo da sua própria história. E ficou muito bom!



O fato é que Dirty Harry trouxe aquele sentimento de almoço bem feito pra quem está com fome. Foi delicioso acompanhar o rabugento Clint Eastwood pelas ruas de São Francisco “largando o dedo” em sua Magnum 44 e sendo completamente desbocado com pessoas que ele não gosta (cerca de 80% dos personagens).

Portanto, da mesma forma que eu não imagino nenhum outro ator sendo Rambo ou Rocky Balboa, não existe a possibilidade de ter outro Harry Callahan. Pra quem não lembra, fizeram um remake de Desejo de Matar, clássico de Charles Bronson, com Bruce Willis. Tem quem goste, mas pra mim não rolou. Bruce Willis não é Paul Kersey e, sim, John McClane. Logo, não funcionaria fazer um Dirty Harry com outro cara, não importa o dinossauro que colocassem lá. 

Talvez eu seja apenas um velho saudosista que ama a atmosfera das décadas de 70 e 80, mas a verdade é que sinto falta de produções que captem esse espírito das clássicas histórias policiais.  

Fica a dica para maratonar Dirty Harry, os 5 filmes da saga estão na Max


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