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Titãs: Temporada 3 | Achei que era difícil piorar. Piorou.

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Titãs: Sei que é feio bater em defunto, mas eu preciso exorcizar isso que tá entalado aqui no peito. Que temporada tenebrosa!

Quando a segunda temporada de Titãs acabou, escrevi aqui neste mesmo site que o problema principal foi a falta de foco na trama. Era muita coisa acontecendo e eles resolveram amarrar tudo de qualquer jeito no último episódio. Entre os erros e acertos, ficou a sensação de desperdício. 

Agora foi diferente, o foco aconteceu, mas foi lastimável. A começar pela pressa em introduzir Jason Todd como Capuz Vermelho. Só pra resumir: Jason morre, volta como capuz e revela a dura verdade para Dick Grayson. Olhando assim, não é problema, né? Não seria, de fato, só que isso tudo aconteceu em único episódio. 

É até difícil enumerar a quantidade de equívocos, tanto nas motivações, quanto no quesito adaptação. Não costumo me importar com mudanças, desde que elas sirvam para que a história funcione dentro do contexto. 

Em Titãs, a rixa do Capuz Vermelho com o Batman, que existe nas HQs, é sobre seu mentor não ter matado o Coringa, responsável por sua morte. O que não ocorre aqui, já que nesta realidade Batman mata o Coringa por isso. O ódio e a vingança de Jason é com Dick. E tá tudo bem ser adaptado assim, esse não é o problema. Mas, o que motivou Jason a virar o Capuz.

Meus questionamentos são outros, a começar pelo vilão escolhido: Jonathan Crane, o Espantalho. O roteiro é tão preguiçoso que o personagem tem a chance de falar sobre medo e não desenvolve nada. Além da escolha do ator ter sido tão preguiçosa quanto. Não é possível que ele tenha sido melhor ao realizar os testes de elenco. Desculpa, Vincent Kartheiser, não deu. 

Agora alinhe um vilão ruim a uma motivação péssima de Jason Todd e temos uma dupla de vilões que não funciona. O espantalho pode ser um gênio da química, mas se tem algo que faltou nesta relação foi a química. É inexistente. 

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Outro ponto: Batman. Não comentei na temporada passada, mas é difícil não comentar aqui. Se você diz que Ben Affleck é o pior Batman em live action, é porque não viu Iain Glen. É impossível enxergar um Bruce Wayne ali. A relação dele com os outros personagens beira ao ridículo. É como se ele fosse um Tony Stark idoso que apenas finge se importar.

Quanto ao restante dos Titãs, temos aquele desperdício se repetindo com a Ravena, o Mutano, e o Superboy, que até teve seus momentos, mas foi muito mal aproveitado. Os destaques positivos nesta zona eu deixo novamente com Rapina e Columba.

A trama de Estelar e sua irmã é sem graça e a ótima Anna Diop teve que executar milagres com um roteiro de centavos. É agoniante ver um  elenco tão talentoso tendo que se virar com uma história tão ruim. 

Quanto a Dick Grayson, líder dos Titãs, é triste ver que tentaram transformar ele em uma versão piorada do pior Batman que já fizeram. Chegar ao final desta temporada foi difícil, viu? E ainda tivemos a introdução de Tim Drake, o terceiro Robin dos quadrinhos.

Vocês lembram quando comentei sobre a pressa? Se tivesse parado no Jason, ainda tava bom, mas os caras conseguiram a proeza de matar todos os “Robins” em uma única temporada e os trouxeram de volta, se não no mesmo episódio, no episódio seguinte. Banalizaram de vez. Inclusive, a  ressurreição de Dick Grayson fica facilmente no top 3 das piores cenas já feitas em adaptação de HQ.

Eu poderia ficar aqui falando mal o dia inteiro da história preguiçosa e com resoluções sem pé nem cabeça. Também da motivação de uma barata que certos personagens possuem, principalmente a população de Gotham. A morte do Dick também entra naquele top 3 lá. É ridículo.

Por fim, temos uma temporada de Titãs que conseguiu piorar, e muito, todas as burradas feitas no ano anterior, se equivocou mais em suas escolhas e apelou para a popularidade de certos personagens, como Capuz Vermelho. 

Nem vou criar expectativas para um novo ano, pois pelo andar da carruagem, a tendência é de Titãs seguir descendo ladeira abaixo. 


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