Com 3 temporadas já disponíveis e uma 4ª a caminho, Only Murders In The Building é aquela série que te prende logo nos primeiros minutos.
Quem não gosta de um bom mistério? Aquele quebra-cabeças recheado de situações embaraçosas, personagens cativantes e plot-twists, onde qualquer detalhe não pode (e nem deve) ser ignorado. Em Only Murders in The Building nós estamos bem servidos em todos os sentidos.
A história se passa em Nova York, no edifício Arconia, local em que ocorre um assassinato muito suspeito que, a princípio, foi considerado pela polícia como suicídio. Charles-Haden Savage (Steve Martin), um ator de série em final de carreira, Oliver Putnam (Martin Short), um diretor de teatro falido, e Mabel Mora (Selena Gomez), uma jovem misteriosa que mora no edifício, são viciados em um podcast de true crime e não concordam com a resolução dada pela polícia. Eles então resolvem investigar e criam seu próprio podcast: Only Murders in The Building.
Para começar, temos esses 3 personagens principais que são completamente diferentes e dificilmente seriam amigos, tendo em vista a primeira interação entre eles. É tipo aquela amizade que surge do nada, que ocorre apenas por que as pessoas nutrem a mesma paixão em comum, que neste caso é o podcast.
A interação entre os 3 e a amizade vai sendo construída ao longo dos episódios é algo que cativa demais. Até porque todos eles possuem esqueletos no armário e o que antes poderia ser considerada uma amizade frágil, vai ganhando cada vez mais força e companheirismo. E, acredite, a amizade deles é testada ao longo das 3 temporadas.
Por sinal, aqui está algo a mais para ser elogiado, as 3 temporadas são espetaculares. A 3ª, apesar do elenco ainda mais estelar (temos a adição de Paul Rudd e Meryl Streep), demora um pouco para engatar, mas nada que seja um problema, o mistério segue envolvente e sem entregar nada antes da hora.
Enquanto temos filmes onde a resolução do mistério fica bem óbvio logo de cara (alô Morte no Nilo, tô falando de você), Only Murders in The Building esconde bem demais a solução do quebra-cabeça, revelando apenas no momento certo. Não estou dizendo que seja impossível de descobrir antes da hora, mas que você vai chegar no final com mais de dois suspeitos, isso vai.
Na 1ª temporada, por exemplo, o mistério vai ganhando camadas cada vez mais pessoais sobre os personagens, incluindo os principais, e, à medida em que eles cavam, novos mistérios aparecem e trazem outras perspectivas sobre o caso. O entra e sai da lista de suspeitos é constante, afinal, nós estamos sob a óptica dos personagens, então tudo o que a gente sabe é o que eles também sabem.
A tensão se mantém igual na 2ª temporada, aqui, o mistério já é outro, mas temos uma sensação grande de continuidade da trama anterior (que sim, foi resolvida). O ponto é que Charles, Oliver e Mabel mal têm tempo para respirar e já são jogados em uma nova história intrincada e repleta de reviravoltas, novamente com uma grande lista de suspeitos.
Já na 3ª, vem o respiro. Temos um bom salto no tempo e agora estamos em uma situação completamente diferente, mas igualmente boa de acompanhar. Lá em cima eu menciono que das três, essa aqui eu classifico como um pouco abaixo, mas não pela qualidade da história. Estamos começando quase que do “zero”, então a construção da história é devagar, mas nem por isso pouco emocionante.
Agora, além do Arconia, temos um teatro como palco (Ha Ha) do mistério. Esses novos ares fazem bem para a série. Por não estarmos sempre no prédio, nossa trinca favorita acaba se “separando”, o que leva a um distanciamento entre eles e a amizade é posta à prova mais uma vez, o que traz uma carga dramática ainda mais forte, mediante as circunstâncias.
Only Murders in The Building tem tudo que os aficionados por mistério anseiam em produções do gênero e é um grande acerto de Steve Martin e John Robert Hoffman, criadores da série. Com a 4ª temporada atualmente em produção, é possível encontrar todos os episódios no Star+.
Only Murders in The Building – Trailer
Publicitário e jornalista que é apaixonado por cultura pop, coleciona tudo que vê pela frente, adora uma piada ruim e ama a revisora desse site.