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Matéria Escura | A odisseia do homem perfeito

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“E se?”: A pergunta que assombra a humanidade e seus arrependimentos individuais é o mote que carrega Matéria Escura através de uma jornada de longos nove episódios.


Jason é um homem genial que se resignou à vida acadêmica como professor ao escolher ficar ao lado de Daniela, o amor de sua vida, quando ela engravidou, formando o exemplo de família americana. Quando vê seu amigo ganhar um renomado prêmio científico, Jason reflete sobre as escolhas que o levaram até ali e como as coisas seriam se ele tivesse tomado outro caminho. Ao ser sequestrado naquela mesma noite, ele começa a obter as respostas que precisava sobre seus questionamentos.

Matéria Escura (Dark Matter) prende a atenção ao apresentar seus mistérios e ao fazer o espectador passar pelas mesmas indagações de seu protagonista. Usando a ficção científica, a série cria um mundo em que é possível encarar arrependimentos e tentar corrigir “erros” e diminuir o peso da culpa de escolhas não feitas.

Joel Edgerton e Alice Braga

Usando a ciência para criar uma narrativa que pode ser até mesmo ser lida como uma comédia romântica, a série aposta no melodrama ao definir Jason como um personagem incorruptível, que nunca se abala diante da missão de recuperar sua família. Não há dúvida quanto à sua vontade, nem desvio de caráter. O mesmo ocorre com Daniela, que, em face à dúvida, não sente o peso da escolha que está fazendo, mesmo com a complexidade do problema diante de si. Com mocinho e vilão bem definidos desde o início, não há espaço para novos caminhos desde o começo da trajetória dos personagens.

Assim como na Odisseia de Homero, Jason parte em busca do retorno ao seu lar, enfrentando desafios que tentam impedi-lo. A narrativa do homem heroico, que não falha em suas escolhas e não cai em tentações quando estas lhe são oferecidas em momentos de fraqueza, é a isca perfeita para nos atrair para sua jornada. 

Jennifer Connelly e Oakes Fegley

Usando nossos desejos e idealismos de quem queremos ser, Matéria Escura se torna uma narrativa atrativa ao nos oferecer a ilusão do que sonhamos parecer diante dos olhos dos outros, mesmo que, para alguns, possa parecer que faltam nuances nesses personagens.

Para aqueles que procuram por uma história de amor que é capaz de sobreviver a qualquer adversidade, a série é construída milimetricamente para agradar, mas para quem procura por algo mais completo e com camadas que vão além do que é considerado “certo” ou “errado” ela pode acabar sendo uma decepção no fim das contas.

Sinopse:


Baseado no best-seller de Blake Crouch, a série Matéria Escura acompanha a história de Jason Dessen (Joel Edgerton), um homem comum que aparenta ter a vida perfeita em Chicago, com sua esposa Daniela (Jennifer Connelly) e seu filho Charlie (Oakes Fegley), além de um emprego bem-sucedido como especialista em astrofísica, com um estudo sobre a matéria escura, um dos principais mistérios da física moderna.

Um dia, ao voltar para casa, é abruptamente retirado de sua rotina quando é sequestrado por uma versão alternativa de si mesmo e jogado em uma realidade paralela de sua vida. Preso em uma versão que não conhece de sua existência ao lado de Amanda (Alice Braga), que afirma ser sua esposa, ele tenta retornar para sua família, mas para isso precisará passar por diferentes mundos, experimentando cenários alucinantes de situações que poderia ter vivido. Em uma jornada angustiante, ele luta contra o tempo e sua própria mente para salvar esposa e filho de um perigoso inimigo: ele mesmo. 

A série está disponível na Apple Tv+.



Assista ao trailer de Matéria Escura


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