Killing Eve: Com personagens cativantes temos aqui uma das melhores séries de 2018.
A cena de abertura de Killing Eve em que Villanelle (Jodie Comer) observa uma garotinha tomar sorvete define todo o tom da série, nunca se sabe o que esperar, se devemos temê-la ou sentir empatia, se é divertido ou assustador, toda essa dualidade da personagem se expande ao longo dos episódios.
Em alguns momentos temos um thriller de espionagem: Eve Polastri (Sandra Oh) trabalha para uma agência de investigação, por sua obsessão por uma suposta serial killer ela chama a atenção de Carolyn (Fiona Shaw). Após perder seu emprego Eve é recrutada por Carolyn para investigar e perseguir Villanelle. Em outros momentos a comédia dá o tom, como a relação entre Villanelle e Konstantin (Kim Bodnia) o homem responsável por lhe entregar o nome do próximo alvo, com momentos absurdos e engraçados entre os dois.
Villanelle também se torna obcecada, apaixonada por Eve, algo que fica implícito se é recíproco, o que deixa a relação entre elas ainda mais complexa e angustiante. Você anseia pelo próximo episódio, saber o que vai acontecer é uma necessidade física, ela te prende e te manipula, te faz rir, te deixa tenso a cada instante, poucas produções podem se orgulhar de fazer isso de maneira tão perfeita quanto Killing Eve.
Com personagens apaixonantes e cheio de nuances, uma história bem escrita e desenvolvida, Killing Eve é uma das melhores séries da atualidade, entrando no top 10 de 2018 com facilidade. Com um final inesperado, os segundos para a próxima temporada parecem durar horas. As expectativas estão altas, mas uma coisa que ela provou em sua primeira temporada é que ela, de fato, entrega o que promete.
Mais um jornalista de cultura pop e otaku nas horas vagas.