Gavião Arqueiro

Gavião Arqueiro me ganhou pela simplicidade

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Apesar de alguns tropeços, a série do Gavião Arqueiro tem uma trama divertida e um grande trunfo: Kate Bishop.

Após eventos cósmicos, brigas em realidades paralelas e tramas políticas, a Marvel nos deu uma folga. Gavião Arqueiro é o respiro necessário em um universo que segue expandindo sem freio. Tava sentindo falta de algo mais urbano. Em um passado não muito distante, essa necessidade era saciada com as séries da Netflix. Que, por sinal, vão retornando pouco a pouco, agora de fato, ao MCU.

Com uma história ambientada no Natal, Clint Barton quer apenas passar as férias de fim de ano em paz com a sua família. Ele só não contava com Kate Bishop e o seu talento para se meter em confusões. Ao roubar a roupa do Ronin, a futura Gaviã Arqueira desenterra uma parte sombria de Clint, que agora se sente no dever de salvar a garota. A trama de mentor e aluna tem uma evolução muito boa. Clint enxerga potencial nela, mas teme pela sua vida. 

O Ronin colecionou muitos inimigos no submundo de Nova York, entre eles a Gangue do Agasalho. E aqui vai o primeiro ponto para a Marvel, a gangue dos criminosos atrapalhados é boa demais. Enquanto sua líder não esboça um sorriso, seus capangas parecem ter saído de um desenho animado. O mais incrível é que tudo soa muito natural.

Junte isso a um Clint Barton completamente cansado e uma Kate Bishop extremamente falante e temos uma das melhores duplas da Marvel. Aliás, após contracenar com Yelena, a impressão que fica é que qualquer personagem ao lado da Kate forma uma dupla incrível. Mal posso esperar para vê-la interagindo com outros personagens desse universo e com a Yelena novamente.

As lembranças da Viúva Negra que ainda estão ali e a presença de Yelena para consumar sua vingança, fazem parte do arco dramático do Gavião Arqueiro. Além disso, a série se sustenta bem em seus episódios e entrega boas doses de ação e humor. Mas, como já adiantei lá em cima, é a simplicidade nas coisas que me faz gostar tanto dessa aventura. Ela se mantém ali no submundo nova-iorquino e mesmo quando pula para conexões mais fortes do universo Marvel, não perde sua essência.

Talvez o ponto mais fraco da série seja aquele no qual eu apostei minhas maiores expectativas: o Rei do Crime. O retorno de Vincent D’ONofrio me fez pular de alegria, mas sua participação ficou aquém. Embora ele entregue aquela presença de palco, o personagem pareceu meio perdido, mesmo em sua conclusão de arco. Dificilmente ele teve seu fim naquela cena, tendo em vista que algo semelhante ocorreu nos quadrinhos.

Gavião Arqueiro renovou minhas esperanças para um retorno ao mundo urbano da Marvel. Gosto muito das batalhas espaciais, mas também gosto bastante dos personagens vagando pelos becos escuros e perigosos da cidade. Quero mais, dona Marvel, por favor. Traga-me a segunda temporada.     


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