Elseworld: Três episódios que servem como uma grande introdução, mas que funcionam, divertem e estão cheios momentos incríveis.
Apesar de ter abandonado a maioria das séries do CW, todo ano sempre retorno para o crossover anual com os personagens da DC, por ser algo descompromissado, simples e divertido. Esse ano não foi diferente, apesar de algumas mudanças significativas, os tradicionais quatro episódios foram reduzidos para três, retirando Legends of Tomorrow, o que eu vejo como um acerto, apesar de ser a única série que eu ainda acompanho, seu grande número de personagens deixava o crossover inchado e sem tempo para desenvolver a relação entre outros personagens.
Muito “menor” e mais contido, o foco foi em Elseworld relação entre Barry e Oliver, quando cada personagem acorda vivendo a vida um do outro. Mais um acerto desse ano, a interação deles funciona de forma perfeita e extremamente divertida.
O ótimo Grant Gustin sabe trabalhar com humor e entende muito bem seu personagem, quanto a Stephen Amell, sabemos que ele não é conhecido por ser o melhor dos atores, mas acho que nunca vi ele tão leve e se divertindo tanto, o que é uma grata surpresa. Claro que mesmo com essa interação mais leve ainda temos as grandes diferenças entre o Arqueiro Verde e o Flash e a forma como eles lidam com seus problemas, os conflitos continuam ali.
Para equilibrar a relação dos dois temos a presença da Supergirl, que rende momentos maravilhosos, não só entre os três, mas também com a Batwoman e com seu primo Superman. Inclusive, a cena em que ele é introduzido é incrível e nostálgica, impossível não se arrepiar. Assim como nos momentos em que enfrentam algum vilão, é lindo de ver os dois em ação. Apesar de não ter muito o que fazer em Elseworld, Lois Lane também aparece ao lado de Clark, mas no fim o que fica em relação aos dois é a vontade de mais, principalmente com o desfecho dado a eles, quem sabe uma série própria esteja nos planos. Começo a torcer por isso.
Falando em série própria, como disse anteriormente, Batwoman também tem sua participação que funciona como uma futura introdução para sua série. O que foi mostrado, apesar de pouco, empolga, o uniforme que era uma preocupação, funciona em movimento e ela tem bons momentos de interação com a Kara, rolando até um pequeno flerte entre elas.
Quanto à história que une todos eles, outros personagens e momentos espetaculares acho que o divertido é ver na tela, se surpreender e dar belos sorrisos, o que posso dizer é que Elseworld vale cada segundo.
Apesar de ser uma história de introdução para algo maior, algo esse que já foi abertamente anunciado, tudo funciona em Elseworld, diverte e rende bons momentos. Vá sem compromisso, mesmo se, assim como eu, não acompanhar as séries regularmente. Vale a pena, eu garanto.
Dito tudo isso, até o próximo ano e se preparem: Crise nas Infinitas Terras vem aí.
Mais um jornalista de cultura pop e otaku nas horas vagas.