Warper

Warper | Uma bela mistura de conceitos

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Quadrinho português Warper, da editora Zone Komics, junta fantasia, tecnologia e muita ação em seu primeiro volume.

A mistura de ideias e conceitos, quando bem feita, pode trazer uma série de benefícios para contadores de histórias. As possibilidades narrativas ficam cada vez mais interessantes, assim como as possibilidades visuais. E foi isso que o desenhista e roteirista, Diogo Mané, conseguiu explorar muito bem nessa primeira parte de Warper.

O personagem principal é Drake, um mago, que como muitas outras pessoas de Earthania, ganhou poderes graças a um cristal mágico chamado Hyperion. Essas pessoas com habilidades especiais são conhecidas como Hypers e sofrem uma rejeição popular semelhante aos X-Men. O reino de Azure adotou essas pessoas e tentou transforma-las em heróis a serviço do rei. A premissa é muito interessante, mas não é explorada nesse começo, onde o foco maior é apresentar os personagens e de como essa junção de conceitos irá funcionar.

Temos aqui um mundo complemente novo, com vestimentas, acessórios e navios voadores que lembram um pouco a estética steampunk, além da presença de elfos e outras criaturas fantásticas. A mistura também é presente no quesito bélico, que vai de espadas a armas de fogo, além é claro do uso de magia. Eu não exagerei quando disse sobre misturas de conceitos, não é?

O primeiro volume da história é muito focado no conflito, o que não dá espaço para explorar outros territórios, algo que pode ser feito a partir do segundo volume.

No decorrer da história, as sequências de ação ficam cada vez mais insanas, pois todas as armas são colocadas em cena, o que gera conflitos muito interessantes. Tudo isso só é possível graças a arte de Diogo Mané, que consegue trazer bastante agilidade no seu traço. Aqui, também sentimos uma mistura com elementos do mangá, até mesmo na feição dos personagens.

As cores também ajudam bastante nas cenas de ação e até as deixam mais violentas, já que não existe economia de sangue nos conflitos. Até porque, quando se junta todo esse armamento em cena, dá pra fazer um estrago enorme.

O volume 1 de Warper é um ótimo ponto de partida e abre muitas portas e possibilidades para serem exploradas. Tanto com o futuro como com o passado dos personagens. E claro, podemos esperar muito mais sequências insanas de violência, já que os perigos devem aumentar com o decorrer da história. Warper cumpre seu objetivo, que é fazer um bom entretenimento. É uma HQ simples e não há problema nenhum nisso. Sabe aquele bom e velho, “só quero ler um gibizinho pra relaxar” ? É isso.

Por enquanto a publicação ainda não saiu no Brasil, mas está disponível para venda em formato digital no site oficial da editora, que você acessa AQUI. E, como é um quadrinho português, a leitura fica muito fácil e sem complicações. É inclusive muito legal ter contato com a língua portuguesa assim.


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