O livro Os Dois Morrem no Final, de Adam Silvera, nos faz refletir que todos nós enfrentaremos o mesmo destino, porém o que fazemos antes disso é o que realmente nos define.
Em um universo onde existe a “Central da Morte”, uma instituição que informa o dia de sua morte, permitindo que você desfrute de seus últimos momentos da melhor maneira possível, Adam Silvera nos apresenta Mateo e Rufus, dois jovens que recebem o aviso sobre seu fim iminente e acabam se encontrando em seu último dia.
Ao revelar o grande spoiler da narrativa no título de sua obra, Adam enfatiza que o desfecho não é o essencial, mas sim a jornada que estamos prestes a acompanhar. A poderosa instituição que notifica os personagens sobre seus destinos é secundária; eles são o foco. Suas vidas e cada segundo que ainda podem aproveitar são o que realmente importam.
As reflexões apresentadas aqui podem parecer simples, já que são vistas sob a perspectiva de jovens que ainda não passaram dos 20 anos. No entanto, apesar de óbvias, as questões levantadas são valiosas. Não é necessário viver todos os dias como se fossem os últimos, mas esses personagens aprendem a valorizar mais o mundo ao seu redor, a expressar o que está reprimido e a sentir tudo antes que isso os asfixie.
A evolução dos sentimentos entre Rufus e Mateo é palpável. Nas poucas horas que passam juntos, é fácil entender o que os une e como essa conexão é bem desenvolvida. A sensação de que não tiveram tempo suficiente um com o outro é a mesma que o leitor experimenta, sentindo a injustiça do destino a cada página que se aproxima do desfecho inevitável. Contudo, o sentimento de gratidão que ambos compartilham por terem se conhecido é igualmente intenso, refletindo a ideia de que a vida valeu a pena, mesmo que apenas por um breve momento.
Adam Silvera cria mágica com a simplicidade em Os Dois Morrem no Final, tecendo uma boa narrativa com personagens reconhecíveis e cativantes em cada página. A morte é inevitável: então, o que fazer a partir dessa verdade inalterável?
Sinopse de Os Dois Morrem no Final:
No dia 5 de setembro, pouco depois da meia-noite, Mateo Torrez e Rufus Emeterio recebem uma ligação da Central da Morte. A notícia é devastadora: eles vão morrer naquele mesmo dia. Os dois não se conhecem, mas, por motivos diferentes, estão à procura de um amigo com quem compartilhar os últimos momentos, uma conexão verdadeira que ajude a diminuir um pouco a angústia e a solidão que sentem. Por sorte, existe um aplicativo para isso, e é graças a ele que Rufus e Mateo vão se encontrar para uma última grande aventura: viver uma vida inteira em um único dia.
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Adam Silvera é escritor e trabalhou por anos no mercado editorial. Best-seller do New York Times, é autor de E se fosse a gente? e Here’s to Us, que escreveu em parceria com Becky Albertalli, e também de História é tudo que me deixou, Lembra aquela vez, Infinity Reaper e Infinity Son, todos sucesso de público e crítica. Nasceu e foi criado no Bronx, em Nova York, e atualmente mora em Los Angeles, onde escreve em tempo integral.
Mais um jornalista de cultura pop e otaku nas horas vagas.