Assassinatos na Rua Morgue

Assassinatos na rua Morgue, de Edgar Allan Poe

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Assassinatos na Rua Morgue é um conto de suspense escrito por Edgar Allan Poe em 1841 e é um dos mais famosos do autor, considerado pai do romance policial e do suspense. Pode ser lido na Edição da LP&M Pocket junto com outros contos incríveis.

O autor, apesar de ter tido uma breve vida, pois morreu aos 40 anos, conseguiu deixar um legado importantíssimo para a literatura mundial. Suas histórias ultrapassaram a barreira do tempo e se mantiveram vivas ainda no presente, conquistando uma geração de leitores.

Assassinatos na Rua Morgue foi o primeiro conto que li de Poe. Foi, inclusive, o primeiro conto de suspense que li na vida quando ainda era bem pequena e fez com que eu adentrasse nesse universo maravilhoso. Fiquei completamente absorta na ideia fantástica que aquele homem colocou em sua história. Embora fosse uma leitura cansativa no início, se mostrou completamente excitante em seu decorrer. 

A história de Assassinatos na Rua Morgue começa com dois amigos conversando enquanto caminham nas ruas escuras de Paris. Um deles é Auguste Dupin, considerado o precursor e inspiração de grandes nomes como Sherlock Holmes e Hercule Poirot. A diferença é que Dupin não era, de fato, um detetive nem nada do tipo, ele usava apenas sua inteligência e sagacidade para decifrar os fatos apresentados.

Ele decifra, inclusive, o pensamento de seu amigo usando apenas a dedução de acordo com os movimentos feitos por ele no decorrer da caminhada, assombrando até mesmo seu colega com o tiro certeiro. Dupin possuia uma mente tão aguçada que era capaz de traçar o perfil psicológico de outras pessoas apenas com suas poucas palavras.

Capa da edição da LP&M Pocket de Assassinatos na Rua Morgue

Assassinatos na Rua Morgue apresenta uma cena de crime que a polícia simplesmente não consegue solucionar. Dupin acredita que possui uma boa pista apenas com os depoimentos lidos nos jornais e consegue liberação para estar na cena do crime que tanto chocou a todos. Duas mulheres, mãe e filha, são encontradas mortas em seu quarto. Os assassinatos são violentamente cruéis e sem nenhuma razão aparente, já que nada foi roubado, apesar da casa estar totalmente revirada.

Os vizinhos invadiram a casa e não encontraram ninguém, embora tenham ouvido, além dos gritos das vítimas, duas outras vozes, uma que falava em francês e a outra em um idioma completamente indecifrável. O curioso, porém, era que o quarto estava com as portas e janelas trancadas por dentro. Dupin segue, então, a linha de pensamento que se alguma coisa impossível aconteceu, logo ela não era de fato impossível.

O caso vai sendo apresentado juntamente com todas as pistas do assassinato. O autor nos coloca ali juntamente com Dupin, nos dando toda a possibilidade de soluções. Porém, embora pareça algo sobrenatural e fantástico, o crime foi real, material, físico. Não há nada relacionado à fantasmas ou criaturas mágicas.

Mágico é como Poe consegue nos fazer chegar ao final vorazmente, ler a solução completamente bizarra dos Assassinatos na Rua Morgue e pensar quão plausível tudo aquilo é. Ele nos faz realmente acreditar naquilo que ele escreve, sua forma de nos persuadir de tudo que fala é sensacional. Sério, é um dos crimes com um final mais surpreendente que já li na vida. Até hoje lembro da sensação que tive quando o mistério é finalmente desvendado.

Que história, pessoas! Que história!


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