Wonka

Wonka | Uma versão reimaginada do mestre chocolateiro que encanta e diverte

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Wonka veio para mostrar que ainda há espaço no cinema para reimaginar, adaptar e inventar novos conceitos sem confrontar com o que já foi feito, pelo contrário, homenageando o passado.

Ao ser anunciado um novo filme adaptado do livro A Fantástica Fábrica de Chocolate, de Roald Dahl, surgiram diversas dúvidas sobre sua finalidade. Será que essa nova adaptação seria apenas mais um filme que tenta tocar o público através da nostalgia ou só mais um para ser esquecido no churrasco? Tentar superar as duas antigas adaptações cinematográficas de Willy Wonka seria, de qualquer forma, impossível. 

Muitos veículos noticiaram o projeto como sendo um prequel, uma espécie de começo da história desse personagem misterioso e fascinante. Contudo, o filme se mostrou muito mais do que isso. Ele anda com suas próprias pernas, embora use muito como referencial o A Fantástica Fábrica de Chocolate de 1971.

A história aqui é diferente do que vimos nos filmes anteriores. Assim como o próprio Wonka de Timothée Chalamet. O ator consegue fascinar e encantar de forma única através dos diálogos, das canções e até mesmo do olhar. Foi uma grata surpresa conhecer um outro lado desse que é um ator já queridinho de Hollywood.



Percebe-se que a vontade ali não era contar novamente a mesma narrativa, tampouco adaptar ao pé da letra tanto livro quanto filmes anteriores (1971 e 2005, ambos sucessos do público). Wonka é uma reimaginação desse personagem icônico, com novos ares e percepções. Somos capazes de ver um Willy Wonka gentil, apaixonado e cheio de vida e sonhos em um mundo concorrido e desonesto.

Wonka é um musical (o que talvez torça alguns narizes por aí), mas acredito que seja capaz de convencer até o mais duro dos espectadores. Tive a sensação de estar assistindo a algum filme antigo do gênero, com seu ritmo, sua batida, seu entusiasmo e encanto. O carisma dos personagens, inclusive os vilões, nos envolve e diverte. É realmente gostoso de assistir!



O diretor Paul King, que escreveu o roteiro com Simon Farnaby (ambos de Paddington 2), fez um trabalho primoroso em Wonka. Tudo se encaixa perfeitamente bem. Cenários, cores, atores, sensações, canções, proporções, intenções… Tudo conversa com a gente e simplesmente entretém, emociona e cativa.

Wonka é um filme muito família. Meus filhos assistiram pelo menos 3x e embarcaram numa maratona Willy Wonka, assistindo todas as adaptações. Acho que acertaram em cheio nisso! As crianças se sentem envolvidas com aquele grupo improvável de amigos em busca de liberdade e da realização de seus sonhos.

Wonka é um daqueles filmes que fazem os olhinhos miúdos brilharem e os pés baterem no chão com a cadência do som, do ritmo e das músicas que contagiam, daqueles que deixam uma sensação boa ao subir os créditos e uma vontade de assistir de novo e de novo e de novo…

Wonka – Trailer


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