A Música da Minha Vida

Um novo fôlego graças “A Música da Minha Vida”

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A Música da Minha Vida: Existem sentimentos que somente a arte é capaz de trazer à tona. Esse, em especial, me fez refletir sobre os meus sonhos e a vontade de continuar lutando por eles.

Alguma vez você escutou a frase: “desistir é fácil”? Bem, eu já escutei algumas, tanto em produções audiovisuais quanto em palestras. Essa frase nunca chegou a me impactar. Na verdade, ela ficou no limbo da minha mente até pouco tempo atrás.

Motivos de força maior fizeram com que eu me ausentasse das atividades desse site. Logo em seguida, fomos atingidos por essa terrível pandemia e, então, o cenário perfeito para desistir de tudo já estava mais do que preparado. Pensei em sentar diversas vezes aqui e escrever sobre qualquer coisa, mas sempre vinha o sentimento de: pra quê? Desistir era realmente fácil. Muito fácil.

É nesse ponto que a arte se torna fundamental em nossas vidas. A preguiça de assistir filmes e séries na quarentena era absurda, até que minha mãe pediu pra assistir A Música da Minha Vida, filme lançado no final do ano passado e que contava com a trilha sonora de Bruce Springsteen. Era tudo que eu sabia a respeito. Bem, assistir esse filme foi uma das decisões mais acertadas que eu poderia tomar.

A história de A Música da Minha Vida é baseada em fatos reais e se passa na Inglaterra no final da década de 80. Javed (Viveik Kalra) é um adolescente de família paquistanesa que ama escrever músicas e poesia. Sua família é humilde e seu pai um autoritário que proíbe seus filhos de sair a noite e comanda a casa com punhos de ferro. Ele é um jovem com sonhos, mas que não tem esperança nenhuma de conseguir realizá-los.

Quando ele começa a estudar em uma nova escola, ele conhece Roops (Aaron Phagura) que lhe dá de presente duas fitas cassetes de Bruce Springsteen. É a partir desse ponto, embalados com Dancing in The Dark, que vemos a arte trazer os sentimentos de Javed à tona. A conexão imediata do jovem com a música de Bruce Springsteen é emocionante e libertadora. É como ouvir um chamado para não desistir de seus sonhos e lutar por eles até o fim. Me senti representado quando ele joga todas as suas anotações na rua e, logo em seguida, volta para pegá-los. “Esses textos são ruins, mas são meus”. É isso.

Nada melhor que a história de um jovem que sonha ser escritor e que não desiste de seus sonhos. Siga escrevendo, siga compondo, siga desenhando, siga fazendo as coisas que você ama, siga deixando que a arte se conecte com você. Ela é sua. Em um mundo que vem se afundando cada vez mais no pessimismo e incertezas, uma palavra de esperança faz um bem danado, pode ter certeza. Se para Javed, essa foi a música da vida dele, para mim, esse pode ter sido o filme da minha. 

Trailer:


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