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Tudo O Que Você Podia Ser | O privilégio de se viver o tédio

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Em Tudo O Que Você Podia Ser, através do cotidiano de um dia e uma noite, Ricardo Alves Junior constrói um mundo em que é possível respirar.


Após conquistar a oportunidade de estudar em São Paulo, Aisha aproveita seu último dia em Belo Horizonte para se despedir de suas amigas, Bramma, Igui e Will. O sonho de Aisha permeia todo o filme, que é um conto sobre sonhar e conquistar esses sonhos, sobre abraçar tudo que se pode ser em sua totalidade. Passando por todas as outras personagens, seja performando na noite ou estudando fora, existe a constante sensação de se permitir, de pensar no depois apenas depois.

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Tudo O que Você Podia Ser, de Ricardo Alves Jr.

Em meio a tantos filmes que retratam as dores da comunidade LGBTQIAPN+, é leve poder assistir a um que retrata o cotidiano de pessoas que se preocupam com seu aluguel, com seu futuro, que vivem o privilégio do tédio, de poder conversar, ir ao mercado, beber e se divertir entre amigos sem a constante urgência do perigo que as ameaça. Mesmo que o preconceito possa ser visto ao seu redor, ele nunca é o foco, sempre ao fundo, sem causar maiores sofrimentos.

Tudo O Que Você Podia Ser celebra a família, mas não aquela que nos liga através de laços sanguíneos, e sim aquela que é escolhida ao longo da vida através da amizade, onde se pode viver quem se é como um todo, sem medo, sem vergonha, sem amarras e moldes impostos desde antes do nascimento. Um ambiente acolhedor onde é possível apenas respirar.

O filme celebra o cotidiano, a liberdade de ser, a amizade, a esperança por um futuro melhor, um mundo descrito na voz de Milton Nascimento na música que dá nome a essa história: “Tudo o que você podia ser, sem medo”.


Sinopse

Aisha está de partida e atravessa um dia especial na companhia das melhores amigas, Igui, Bramma e Will. Entre risos e lágrimas, confissões e encontros afetuosos, é hora de celebrar até o limite, quando o nascer do sol se irradia sobre a beleza tocante e sincera dessa amizade. Borrando os limites entre o real e o ficcional, Tudo O Que Você Podia Ser é um retrato autêntico da mais plena liberdade queer. Pelo olhar das personagens, viajamos pela experiência sensível, brilhante, de corpos dissidentes que nos tocam pelo reconhecimento do que nos torna melhores, humanos: o amor, os laços de amizade, a alegria de ser o que se é.

Saiba mais

Segundo o diretor Ricardo Alves Jr., Tudo O Que Você Podia Ser é muito mais do que apenas um filme, é um manifesto sobre o cuidado, a amizade e o pertencimento. O filme surge em um contexto especial, que se sobrepõe aos desafios sociais e pessoais vividos no Brasil nos últimos anos. O cineasta explora temáticas relacionadas com a sobrevivência à intolerância e afirmação das subjetividades em um ambiente onde a comunidade LGBTQIAP+ ainda enfrenta uma dura realidade. O trabalho é uma ode à resiliência, à capacidade de enfrentar a adversidade e florescer em um ambiente que muitas vezes é hostil.

A obra, que foi premiada na 25ª edição do Festival do Rio e que venceu o prêmio de melhor filme do público no mais recente Festival MIXBRASIL, é produzida pela EntreFilmes e pela SANCHO&PUNTA e tem distribuição da Sessão Vitrine Petrobras em pelo menos 20 cidades de todo o Brasil, neste projeto de distribuição coletiva financiado pela Petrobras Cultural. O longa chega aos cinemas com preços reduzidos, acompanhado de debates, sessões especiais e eventos com a presença dos diretores e equipe do longa.


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