O Esquadrão Suicida

O Esquadrão Suicida | Dessa vez foi!

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Com carta branca para fazer o que bem entendesse com o Esquadrão Suicida, James Gunn pegou os brinquedos da DC e se divertiu.

O Esquadrão Suicida do David Ayer é um filme complicado. O diretor tinha uma ideia alinha com o Snyder, a Warner meteu a colher no meio, os caras trocaram pneu com o carro andando e o resultado a gente já conhece. Acredito que a versão original do Ayer seja diferente? Sim. Acredito que seja boa? Não. Mas, confesso que tenho curiosidade de assistir. A questão é que Ayer não teve a mesma sorte que James Gunn. Mas também, como a Warner vai ter a cara de pau de interferir em um filme, cujo diretor comandou Os Guardiões da Galáxia? O currículo de Gunn era melhor, David. 

Creio que Gunn não teve problema em aprovar as suas ideias, já que desde o princípio do projeto a nova versão do Esquadrão Suicida foi imaginada como um filme para maiores. E bem, aqui temos uma “continuação” que ignora o filme anterior já em seu título, que ao invés de colocar um subtexto como “o retorno”, “de volta a ação” ou simplesmente um “2”, só vai lá e coloca um “O” antes de Esquadrão Suicida. Pouco sutil, né? Mas, ao mesmo em que faz isso, ele retorna com alguns personagens da versão anterior, deixando claro que sim, é uma continuação, mas não vamos falar sobre isso, ok? 

Alguns personagens voltam iguais, como é o caso da Arlequina, outros tem sua personalidade alterada, como foi com Rick Flagg, mas uma coisa é certa, o entrosamento entre os personagens funciona muito melhor. Não acho que a mudança de tom tenha sido o fator determinante para isso, mas com certeza ajudou. Quando colocamos humor nas mãos de atores que sabem o que estão fazendo, a magia acontece, não tem jeito. A sequência do Pacificador com o Sanguinário disputando quem mata mais é ARTE EM SEU ESTADO PURO. Essa sequência toda é perfeita. Aplausos para Idris Elba e John Cena.

A escolha de personagens que compõem o Esquadrão é perfeita. Gunn pegou alguns vilões que estavam realmente esquecidos no churrasco (tão esquecidos que nem na CW eles apareciam) e deu arcos super legais e emocionantes, como a Caça Ratos 2 e o Homem das Bolinhas. O próprio Pacificador e Sanguinário que compõem a terceira divisão dos vilões estão super bem. Outro destaque legal é Nanaue, o Tubarão-Rei, que consegue ser fofinho mesmo espalhando sangue e destruição.

Com muito humor, uma história bem desenvolvida e ótimas sequências de ação, O Esquadrão Suicida dessa vez faz jus ao nome que tem. James Gunn entrega a violência que esperávamos dele sem a coleira da dona Marvel. PS: sigo amando Guardiões da Galáxia.   


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