Mortal Kombat

Mortal Kombat é um filme b dos anos 90 com bom orçamento

Compartilhe:

Novo filme de Mortal Kombat tem vícios narrativos dos anos 90, mas com a brutalidade e a cafonice que esperávamos.

Antes de mais nada, quem aí se lembra do curta Mortal Kombat: Rebirth dirigido pelo Kevin Tancharoen lá em 2010? O diretor ainda voltaria em 2013, dessa vez de forma oficial, para dirigir a web série Mortal Kombat: Legacy. Acho que posso dizer com uma certa tranquilidade que essa é a melhor adaptação em live action que Mortal Kombat já teve. O novo filme tinha tudo para ficar marcado da mesma maneira, mas preferiu seguir por um caminho narrativo um tanto quanto desgastado.

Não falo nem na questão de a história ser simples, pois ela deveria ser simples mesmo. Mas a maneira de apresentar os personagens, a explicação para os poderes e principalmente no fato do “escolhido” que aceita com muita facilidade o peso do mundo nas costas deixa tudo com gosto de comida requentada. É aquela sensação do “eu já vi isso uma dezena de vezes”.

O diretor estreante Simon McQuoid parece um pouco perdido em certos momentos, principalmente em dar ritmo a história. Os personagens dão voltas desnecessárias, o que lá na frente resulta em uma falta de coerência com o que eles próprios estão contando. Ora, se Cole não fazia ideia do que a marca do dragão representava, como diabos ele ia tomar a atitude de procurar Lord Raiden? A situação fica ainda mais ridícula quando vemos que Raiden trouxe Jax para o templo. Parece que o deus do trovão não está tão preocupado assim com o destino do mundo. E, aproveitando o gancho aqui, senti saudades do Christopher Lambert no papel.

LEIA TAMBÉM: MARVEL LANÇA TRAILER E REVELA DATAS DOS SEUS PRÓXIMOS LANÇAMENTOS

Quanto aos personagens, acho que é unanimidade dizer que Sub-Zero e Scorpion (mesmo aparecendo pouco) são os donos do filme. Essa é de longe a narrativa mais interessante e melhor trabalhada em Mortal Kombat. A rivalidade dos ninjas tem peso, o que vem muito também dos atores serem bons. E isso acaba pesando um pouco no restante do elenco, que varia entre fracos e regulares.

Alguns personagens são muito mal aproveitados e podem causar uma certa revolta, como é o caso do Príncipe Goro, que acabou sendo rebaixado a um mero capanga. Entre um desperdício aqui e ali, esse me deixou triste de verdade. Goro levando machadada de uma mãe de família não era algo que eu estava esperando. 

Agora, se tem uma coisa que eu quero elogiar é que o Simon McQuoid soube ser cafona e caprichou na violência. Não existe economia de sangue e de referências, principalmente nas lutas onde Sub-Zero e Scorpion utilizam golpes clássicos dos games. Aproveitando que tô elogiando, a maioria dos visuais ficou bem bacana, só não falo todos porque aquela roupa de borracha do Cole é feia que dói. E quanto a cafonice dos personagens em falar os bordões tipo “flawers victory”, me desculpem, mas eu gostei hahaha.

Mortal Kombat pecou bastante, mas entre erros e acertos, até que conseguiu ser um filme introdutório convincente. Resta agora consertar os erros para as sequências futuras e não cair nas mesmas armadilhas. 

Agora cá entre nós, uma verdade dura de admitir é que o filme de 95 tem um roteiro mais organizado e com um visual da exoterra muito mais legal, né não?

FUNKO SUB-ZERO: https://amzn.to/33lCogh

MORTAL KOMBAT 11 – XBOX ONE: https://amzn.to/3nOeRhC

FUNKO SCORPION: https://amzn.to/3vP1CA7

CAMISA MORTAL KOMBAT X: https://amzn.to/3xOnNYQ


Compartilhe: