Convenção das Bruxas

Convenção das Bruxas | Mais um remake pra ser esquecido

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Convenção das Bruxas: Remake tenta criar uma nova mitologia de bruxas, mas com conceitos ruins em um filme nada memorável.

Histórias de bruxas fazem parte do nosso imaginário desde sempre, das histórias mais leves até as mais macabras. E não importa a versão que você esteja assistindo, você sabe reconhecer quando é uma história de bruxas ou sabe reconhecer a bruxa daquela história em si. E talvez esse seja o principal deslize de Convenção das Bruxas (ou seria convenção dos Venons?).

Antes de prosseguir, quero tirar o elefante branco da sala. Não, não vou comparar as versões de Convenção das Bruxas. Primeiro, porque não seria justo, segundo, porque faz séculos que assisti e não lembro de muita coisa (risos). Mas é importante frisar que o primeiro Convenção das bruxas se tornou um clássico da Sessão da Tarde e que o visual aterrorizante das bruxas até hoje é lembrado.

Mas, afinal, você deve estar se perguntando, o filme é bom? Tirando o começo, que conta a história do nosso herói (Jahzir Bruno) e da sua Avó (Octavia Spencer), eu diria que o restante é bem esquecível. Não tanto por culpa do roteiro que é bem simples e direto, mas pela direção preguiçosa de Robert Zemeckis.

Suas bruxas simplesmente não lembram em nada qualquer tipo de bruxa, seja mostrando seus poderes ou só visualmente.  Eu sei que a partir do momento em que se estabelece que as bruxas são demônios, abre uma série de possibilidades criativas para “ousar”, mas daí querer transformá-las em uma fusão de Venom com Slender Man não é lá muito criativo e ousado. Só é ruim mesmo.

Fora que não existe nenhuma cena marcante, nem mesmo a da revelação das bruxas. Flutuar até balão sabe, poxa! “Mas é filme pra criança, não pode ser assustador”, bem, aqui faço uma pergunta: você realmente acha que as crianças não vão se assustar com aquele Venom/Slender Man? Garanto que vão! Porém, não é sobre ser assustador, só é de mau gosto mesmo.

E o que dizer sobre Anne Hathaway? Deixando de lado o problema da caracterização, ela entrega uma Bruxa Líder extremamente caricata e repleta de trejeitos, mas que está longe de ser uma megera. Ela só fez o que dava pra fazer com o que tinha e até que faz bem. Assim como Octavia Spencer, sua personagem é interessante e tem um bom background, diria até que ela é o que tem de melhor no filme, embora exista alguns momentos que não façam lá muito sentido como, por exemplo, a cena em que ela descobre que seu neto vira um rato. 

Convenção das Bruxas poderia ter dado muito certo, mas faltou criatividade pra reinventar os conceitos e acabou se transformando em mais um remake que será esquecido daqui a algumas semanas. É uma pena, tinha potencial.


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