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O Exterminador do Futuro Zero | Quando novos conceitos funcionam

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Anime da Netflix, O Exterminador do Futuro Zero é o verdadeiro respiro que a saga precisava para mostrar que pode ser relevante após tantas tentativas frustradas.


O caso do Exterminador do Futuro é curioso. O segundo filme é consolidado como um dos melhores filmes de ação já feitos (e está entre os meus favoritos de todos os tempos) e isso parece ter intimidado os diretores que vieram depois. 

Cópias do icônico T-1000 de Robert Patrick enfrentando versões cada vez mais velhas de Arnold Schwarzenegger se tornaram um clichê no decorrer dos anos. A única exceção dessa sina foi o questionável O Exterminador do Futuro: A Salvação, mas isso é um assunto para outro momento.

O Exterminador do Futuro Zero decide ignorar John Connor e todo o peso que isso carrega. James Cameron tentou fazer isso em “Destino Sombrio”, onde não dirigiu, mas foi produtor e, embora eu goste do filme (como falei aqui), as decisões criativas desagradaram uma boa parcela dos fãs. Eu não os julgo.

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Aqui temos uma série de novos protagonistas, sendo Malcolm Lee, o alvo do T-800. E aqui vemos o retorno ao clássico. Um T-800 (sem a icônica cara de Arnold Schwarzenegger) tendo que exterminar um humano, além disso, temos a guerreira da resistência (humana), que precisa impedir o exterminador. Basicamente fiz um resumo do plot do filme de 1987, né? Pois, para minha alegria, as “homenagens” acabaram por aqui mesmo.

O anime segue por caminhos completamente diferentes e apresenta personagens complexos e densos. Na trama, Malcolm Lee sabe que, no futuro, a Skynet vai criar consciência e exterminar a raça humana. Em resposta a isso, ele cria uma nova inteligência artificial, Kokoro, para combater essa ameaça, mas teme que sua criação se volte contra a humanidade também. 

O que temos são diálogos ricos e filosóficos sobre escolhas e liberdade, onde Malcolm, ao mesmo tempo que tem fé sobre sua criação, também a teme. Sabe aquele meme onde dizem que o vilão Ultron, de Vingadores 2, só precisou ficar 3 minutos na internet pra querer exterminar a raça humana? Pois é, o conceito é parecido.

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O Exterminador do Futuro Zero acerta desde sua ousadia em contar desde uma história nova às cenas de ação protagonizadas principalmente pelo implacável T-800. E vamos combinar aqui, ele é um dos vilões mais legais da cultura pop, mas que atualmente é muito subestimado. E é por esse motivo que O Exterminador do Futuro Zero é tão bom! Ele mostra como o T-800, nas mãos de bons roteiristas, pode render ótimas perseguições e cenas de ação. 

E se me permitem falar sobre O Exterminador do Futuro: A Salvação rapidamente aqui (pois não vou dedicar um texto a esse filme), gosto de boa parte das ideias propostas por McG, incluindo colocar o T-800 como vilão principal. Só isso mesmo, prefiro não me alongar nessa discussão.

O fato é: O Exterminador do Futuro Zero ousa e acerta em suas decisões criativas e as executa de forma primorosa. Quem é fã da saga e deseja ver um respiro real, vai curtir. 

Todos os episódios de O Exterminador do Futuro Zero estão disponíveis na Netflix, que já confirmou a renovação para o segundo ano da série. 

Confira o trailer de O Exterminador do Futuro Zero:


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